Guia de Libras
Você já ouviu falar em Libras ou sabe o que significa? Esse sistema de comunicação tem raízes antigas na história brasileira e conta com um amplo repertório linguístico, tão rico quanto qualquer outro idioma com o qual você já tenha se deparado.
E para ficar por dentro do tema, nada melhor do que conferir um guia completo sobre o assunto, certo? Conheça mais sobre essa língua, sua importância e, ao final, descubra onde encontrar os melhores serviços de oferta de acessibilidade, por meio de tradução e interpretação em Libras!
O que é Libras?
Libras é o termo de definição da Língua Brasileira de Sinais, utilizada entre integrantes da comunidade surda brasileira para comunicação — que pode ser estabelecida entre eles e também com pessoas ouvintes.
Oficialmente reconhecida como instrumento de diálogo e expressão, por meio da Lei de n.º 10.436/2002, recorre a expressões corporais e faciais, compostas por elementos visuais e gestos para a transmissão de mensagens, emoções e sentimentos. Essa estruturação a coloca ainda no patamar de idioma, tal qual a língua portuguesa disseminada no Brasil.
No entanto, apesar da similaridade com o português, não recebe uma formação idêntica a ele, o que significa que possui uma gramática própria, responsável por absorver particularidades da comunidade, bem como regionalismos dos locais onde é praticada.
Isso porque a pluralidade é também uma marca presente no campo da surdez e, por isso, é importante destacar que, apesar de ser a mais conhecida e difundida, não é a única perspectiva de comunicação estabelecida para pessoas com deficiência auditiva.
Afinal, há pessoas surdas que são oralizadas ou que recorrem a outros meios, como os sinais.
Qual a importância da Língua Brasileira de Sinais?
Por desconhecimento, falta de acesso à temática ou até mesmo preconceito, muitas pessoas acreditam que a oralidade é a única via possível de comunicação.
A boa notícia é que esse idioma tem estado cada vez mais presente, tanto em espaços públicos quanto privados, já que a aplicação de Libras garante uma forma de inclusão e participação plena de pessoas com deficiência auditiva na nossa sociedade.
Com uma composição de quase 10 milhões de surdos, conforme apontado pelo IBGE, esse número é expressivo e não pode ser desconsiderado. Portanto, o compartilhamento dessa língua é essencial para:
1. Romper com falhas na comunicação
Toda pessoa, independentemente de suas características e condições, nasce com a necessidade de saber dialogar.
Ao levar o debate sobre Libras para todos os espaços, estamos rompendo com barreiras históricas de exclusão e marginalização, permitindo a construção de uma via dupla de trocas, onde a informação e o compartilhamento de ideias e emoções sejam parte da rotina de todos.
2. Promover a inclusão social e educacional
O reconhecimento como língua oficial faz com que a inclusão surja enquanto uma pauta obrigatória de responsabilidade e de pacto social em prol do bem-estar de todos.
Com isso, a expansão desse aprendizado e a promoção de ampla participação da comunidade cria a possibilidade para que cada vez mais indivíduos consigam construir e manter sua autonomia e participação da vida em coletividade.
Afinal, todos os tipos de comunicação podem e devem ser reconhecidos enquanto válidos, fortalecendo vínculos e permitindo que diferentes espaços possam acolher e ser formados com uma troca cada vez mais diversa.
Existe uma língua de sinais universal?
Umas das principais dúvidas que surgem para aqueles que estão se familiarizando agora com o idioma é sobre se o uso de Libras é universal.
Portanto, é preciso esclarecer que esse idioma é próprio do nosso território brasileiro e que, assim como não há uma língua oral única para todos os países, existem as línguas de sinais específicas de cada região.
No mundo, contamos com uma estimativa de que se tenha, pelo menos, 200 variações. Na França, por exemplo, temos a LSF, ou Língua de Sinais Francesa. Já na Itália contamos a Lis, Língua Italiana dos Sinais, e assim por diante.
Qual é a diferença entre o Surdo e o deficiente auditivo?
Ainda que sejam utilizados no nosso dia a dia como sinônimos, existem algumas características clínicas que colocam a deficiência auditiva e a surdez em campos diferentes, ainda que relacionados.
O indivíduo Surdo é aquele que apresenta comprometimento severo do canal auditivo e, por isso, não escuta. Já a deficiência auditiva é uma categoria mais ampla, que abraça pessoas com diferentes níveis de dificuldades e limitações de escuta.
É correto utilizar o termo surdo-mudo?
O termo surdo-mudo não é utilizado e, por isso, não deve fazer parte do seu vocabulário. Sabe por quê? A deficiência auditiva não é um fator determinante para alguém ser mudo, já que estamos falando de funções diferentes do corpo humano.
A experiência da mudez atinge pessoas que, por diversos motivos, não conseguem reproduzir falas. Já pessoas com limitação auditiva nem sempre têm qualquer interferência no funcionamento das cordas vocais e, às vezes, com um intenso estímulo e aprendizado, podem se tornar oralizadas.
Então, nada de reproduzir essa desinformação, combinado?
Existe uma lei que determine sobre a acessibilidade?
Sim! A Lei Brasileira de Inclusão, LBI, estabelece um importante ganho em termos de promoção de acessibilidade.
De n.º 13.146/2015, ela estabelece que a Libras faça parte da formação oferecida pela educação bilíngue. Além disso, o compartilhamento de informações deve constar nos canais públicos e em empresas de maneira ampla para a comunidade.
E por falar nisso, que tal conhecer quais são os principais serviços disponibilizados para a comunicação em Libras? Confira a seguir!
Quais os serviços ligados à Libras?
Existem diferentes ocupações que visam expandir o acesso. A primeira, de interpretação em Libras, ocorre simultaneamente ao compartilhamento oral. Assim, traz fluidez entre os envolvidos e ocorre em um contexto acadêmico ou comercial, em lives, reuniões, palestras e até mesmo peças de teatro.
Outro ponto essencial é que alguns estados e cidades determinam a obrigatoriedade desse serviço em eventos de caráter público. Dessa forma, a consideração de normativas é essencial, resultando em um ganho que impacta também a imagem e a responsabilidade social das empresas.
Como segundo serviço ofertado no mercado temos o de tradução em Libras, que possui um cronograma de preparação diferente, trazendo mais precisão para a aplicação da técnica.
O tradutor recebe as informações de maneira prévia, tendo um espaço de tempo para elaborar melhor determinadas definições e características, enriquecendo a compreensão. Conteúdos publicitários, eventos corporativos, reuniões e demais eventos podem contar com essa ação.
Onde encontrar serviços de Libras?
A busca por profissionais que entreguem um trabalho em Libras de qualidade e destaque no mercado passa pela seleção de pessoas eticamente comprometidas com a comunidade surda. É essa a principal proposta por trás da ConFluência Libras.
Com mais de uma década de experiência no mercado, Juliana Gonçalves é a idealizadora desse negócio e atua como intérprete e tradutora. Conte com serviços de acessibilidade em lives e eventos — tanto de forma presencial como remota.
Em seu portfólio, a ConFluência conta com conduções de janela de Libras para lives e shows de artistas e festivais de destaque e projeção nacional e internacional, como Anitta, Erykah Badu e até mesmo o Lollapalooza.
Além disso, também oferta acessibilidade para eventos culturais, como peças de teatro. A condução para o audiovisual é feita de forma personalizada e a ação para empresas e instituições já atendeu nomes como Bradesco e Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.
Para conferir mais de perto sobre cada uma dessas opções, confira nossa página de serviços.